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Algumas pessoas, como eu por exemplo, resistem à hipnose e à meditação como se estivessem travando uma batalha com suas próprias mentes. Por mais que tentemos nos entregar ao estado de relaxamento profundo, nossa mente parece teimosa, resistindo a cada tentativa de indução.

É como se houvesse uma barreira intransponível entre nós e o estado de consciência alterado tão desejado. Por mais que nos esforcemos para relaxar, nossos pensamentos insistem em vagar sem rumo, nos puxando de volta à realidade, como se estivéssemos amarrados a uma âncora invisível.

Para algumas pessoas, a hipnose e a meditação são como tentar domar um leão selvagem: por mais que tentemos controlá-lo, ele permanece indomável, resistindo a cada comando que tentamos impor.

Mas por que algumas mentes parecem tão inabaláveis em sua resistência? Será que há algo de diferente em nossa constituição psicológica que nos impede de entrar nesse estado de transe profundo?

Uma possibilidade é que nossa mente seja tão agitada e inquieta que simplesmente não consegue desligar. Vivemos em um mundo de constante estímulo, onde somos bombardeados com informações e distrações a cada momento. Como podemos esperar que nossa mente se acalme e se entregue ao estado de relaxamento profundo quando estamos tão acostumados com a agitação constante?

Outra explicação possível é que nossa resistência à hipnose e à meditação seja uma manifestação de nosso próprio ego.

Nossa mente consciente se recusa a ceder o controle, temendo o desconhecido e resistindo a qualquer tentativa de nos levar a um estado de vulnerabilidade.

Mas, e se essa resistência não fosse um obstáculo, mas sim uma oportunidade? E se, ao invés de lutar contra nossa mente, aprendêssemos a trabalhar com ela, aceitando-a como ela é, com todas as suas imperfeições e idiossincrasias?

Como profissionais que têm uma abordagem mais provocativa, talvez devêssemos desafiar nossos pacientes a abraçar sua resistência, a explorar as razões por trás dela e a transformá-la em uma força motivadora para a mudança. Talvez, ao invés de tentar forçar nossa mente a ceder, devêssemos aprender a dançar com ela, permitindo que ela nos guie em uma jornada de autoconhecimento e transformação.

Porque, no final das contas, talvez não seja sobre alcançar um estado de relaxamento profundo, mas sim sobre aprender a aceitar e abraçar a complexidade de nossa própria mente, resistências e tudo mais.

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Flávio Oliveira
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